terça-feira, 19 de junho de 2012

Uma vergonha: ninguém o mete na ordem


A seu belo prazer, Alberto João Jardim manda às malvas os compromissos que assumiu com o Governo da República  no âmbito do programa de ajustamento económico e financeiro que lhe impõe medidas para reduzir a despesa pública da Região Autónoma e sobretudo aqueles gastos desmesurados. Uma das medidas que teve de aceitar (muito suaves para as tropelias que o cavalheiro fez com o apoio da maioria dos madeirenses) foi extinguir o Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira, organismo que gastava dinheiro “à tripa forra”, que omitiu facturas no valor de 18 milhões de euros e que deixou uma dívida de 50 milhões para nós, portugueses do Continente, pagarmos. Pois bem, sabe-se agora que o Governo Regional, através de resoluções aprovadas pelo seu conselho de governo, concedeu apoios financeiros e subsídios a clubes, incluindo os de futebol profissional, dos quais o Marítimo foi o mais beneficiado. Ora, isto já não é só falta se incumprimento de medidas acordadas, mas…, vigarice. Como é possível atribuir subsídios através de um organismo que já não existe? E então, quem vai pedir responsabilidades a Jardim, quer políticas, quer mesmo responsabilidades pessoais de âmbito criminal? E o que dizem disto o primeiro-ministro e o venerando Chefe de Estado? Nada, como de costume. Mas os portugueses não podem ficar calados e têm que dizer basta! É inconcebível e até desumano que, numa altura em que se cortam subsídios de férias e de Natal a muitos portugueses, que se aumentam as taxas moderadoras, que se aumentam os impostos sobre bens essenciais de consumo, no fundo, que se empobrece o país e os portugueses, que se gastem dinheiros públicos no futebol profissional. Não pode ser. Não pode a Madeira gastar milhões, que não tem, em clubes profissionais, à custa do sacrifício de muitos portugueses para quem o dinheiro nem sempre chega para comer. 

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