terça-feira, 28 de junho de 2016

DRUMMOND DE ANDRADE

Velhinha, mas a revisitar

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Poema erótico de Drummond de Andrade 


Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do  que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e  força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo.
 

Só assim, livrar-me-ei de ti, mosquito Filho da P

3 comentários:

Kim disse...

Boa piada!

Janita disse...

Este Carlos também era fresco, era!
Tinha tanto de genialidade, como de marotice...Mas, está bem apanhado o poema, lá isso está!! :)

500 disse...

Malvado mosquito.