quarta-feira, 20 de março de 2013

TAMBÉM TU, LAGARDE?

A residência em Paris de Christine Lagarde, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), foi alvo de buscas esta quarta-feira no âmbito de investigações ao “caso Tapie”. Lagarde é suspeita de desvio de fundos públicos e abuso de autoridade no caso que envolve a venda da Adidas pelo Crédit Lyonnais.




As buscas foram confirmadas pelo advogado de Lagarde em declarações à Reuters. “Lagarde não tem nada a esconder. Estas buscas vão ajudar a descobrir a verdade, o que contribuirá para que a minha cliente fique isenta de qualquer responsabilidade penal”, disse Yves Repique à agência noticiosa.



O caso em investigação começou há mais de 20 anos, com a venda litigiosa da Adidas pelo Crédit Lyonnais. O empresário Bernard Tapie, proprietário da marca de equipamento desportivo, diz ter sido lesado pelo banco na venda e recorreu para tribunal.



Enquanto ministra da Economia de Sarkozy (2007-2011), Lagarde terá decidido que o processo ficasse sob a responsabilidade de um tribunal arbitral, uma instituição que apenas têm competências para resolver litígios comerciais e procurar obter compromissos entre as partes. Em 2008, a estrutura pública que geria o passivo do Crédit lyonnais foi condenada pelo tribunal arbitral, uma instância sem poder decisório, a pagar uma indemnização de 295 milhões de euros a Bernard Tapie. O escândalo rebentou em França depois de se ter confirmado que a decisão final tinha saído de um tribunal arbitral e que tinham sido dinheiros públicos a pagar a indemnização multimilionária. A justiça francesa decidiu abrir uma investigação para apurar de o caso de arbitragem terá lesado o Estado.



Desde que o seu nome surgiu associado à investigação do caso Tapie, Christine Lagarde negou qualquer irregularidade no processo e considerou “absurdas” as acusações que lhe foram feitas. Tornados públicos dados sobre o caso, foi pedida a demissão de Lagarde da direcção do FMI em 2011, ano em que substituiu Dominique Strauss-Kahn no cargo e em que foi confirmado que iria ser investigada por desvio de fundos públicos e abuso de autoridade, na arbitragem do chamado “caso Tapie". Lagarde afastou sempre a possibilidade de demitir-se.



Além da residência de Lagarde, desde o início das investigações foram realizadas buscas ao gabinete do antigo secretário-geral do Eliséu, Claude Guéant, à casa de Bernard Tapie e de Stéphane Richard, director do gabinete de Lagarde aquando da arbitragem do processo.


Público online




1 comentário:

Filipe disse...

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