quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tem sido sempre assim. Este Governo quando confrontado com os maus resultados de determinadas medidas que toma, com o supremo objectivo de cortar despesas, custe o que custar, diz sempre a mesma coisa: “Estamos atentos, vamos analisar a situação e, se for caso disso, emendar as medidas tomadas”.
Vem isto a propósito da notícia divulgada de que só na grande Lisboa deixaram de comprar passe social mais de quarenta mil idosos. Ora era óbvio que, tomada a medida de retirar o benefício dos chamados passes da terceira idade, o resultado seria aquele que veio a acontecer. Basta pensarmos que uma grande percentagem das pensões de reforma têm um valor abaixo ou pouco superior ao salário mínimo nacional. E se já lhes aumentaram o IVA, os preços dos medicamentos, a luz, o gaz e outros bens de consumo de que necessitam para viver com alguma (pouca) qualidade de vida, como podem ter dinheiro para suportar o aumento brutal (em termos percentuais) dos passes?
Ah, diz o Secretário de Estado que talvez possa haver “uns rebuçados” fora das horas de ponta, para que “que nenhum idoso veja reduzida a sua capacidade de mobilidade”. Mas há alguém que acredite nesta ridícula medida? Eu acho que ninguém acredita!











1 comentário:

500 disse...

Receio que esta tropa fandanga que nos (des)governa tenha, toda ela, frequentado universidades de Verão, tipo Castelo de Vide ou Lusófona, ou "trabalhado" em empresas do tio Ângelo, ignorando as leis básicas da chamada economia real. Alguns ainda terão lido uns 'papers' editados pela Escola de Chicago (desde logo, com a experiência aplicada no Chile) e aí vai a chapa 5. E outras leitutas não fizeram, salvo, eventualmente, as das revistas côr-de-rosa, em época balnear.