sábado, 4 de agosto de 2012

INCOMPETENTES

Na passada quinta-feira referi-me à incompetência dos "avaliadores" das Fundações, nomeadamente no que à Gulbenkian se refere, que ainda não reagiu, tanto quanto sei. Agora, segundo o Expresso, a Universidade de Lisboa reagiu, em carta aberta do seu reitor ao primeiro-ministro, como se pode ler.
E a rapaziada continua a facturar...


"Em carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, o reitor da Universidade de Lisboa considera que avaliação negativa recebida teve por base "critérios, ponderações e dados duvidosos ou incorrectos".

A pontuação foi "apurada com base em critérios, ponderações e dados duvidosos ou incorrectos", considera o reitor da Universidade de Lisboa, a propósito do relatório de avaliação onde a Fundação Universidade de Lisboa (FUL) mereceu pontuação negativa: 7,8 em 100 pontos possíveis.


Em carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, o reitor António Sampaio da Nóvoa começa por afirmar que "foi com enorme surpresa" que a FUL "tomou conhecimento" do relatório, "através da comunicação social", para em seguida enumerar alguns dos dados que denuncia como errados e para contestar vários dos parâmetros avaliados.

António Sampaio da Nóvoa nega que o valor de 12.617.733 euros corresponda ao total de apoios financeiros recebidos: "A FUL recebeu efectivamente zero euros", escreve. A verba referida, diz, resulta na verdade "de candidaturas a projectos de investigação nacionais e internacionais".

Em relação, por exemplo, à caracterização do valor patrimonial inicial da FUL, o reitor afirma que o relatório refere "zero euros quando, na verdade corresponde a 12.500 euros". Na carta acrescenta que o valor do património em 2010, identificado como 14.470 euros, está também errado: "corresponde a 949.464 euros".

Fundação não se revê na avaliação recebida

Contestando várias das pontuações zero recebidas, nomeadamente nos critérios "pertinência/relevância", "previsão de reversão do património, em caso de extinção" e "alinhamento das principais actividades desenvolvidas no triénio 2008/2010", o reitor da Universidade de Lisboa considera que "menos ainda se pode aceitar a pontuação de zero na 'nomeação dos membros do órgão de administração' já que este é composto por membros da própria Universidade de Lisboa, não auferindo qualquer remuneração ou suplemento remuneratório".

António Sampaio da Nóvoa termina dizendo que "a FUL não se revê minimamente na avaliação que foi realizada e na pontuação final obtida" e solicita a "reponderação da avaliação", de modo a serem minimizados "os prejuízos causados à imagem da Fundação e da própria Universidade de Lisboa".


Recorde-se que, das 190 fundações avaliadas pelo Governo, 96 tiveram uma pontuação abaixo dos 50 pontos


O resultado da avaliação governamental às fundações sujeitas a um censo obrigatório, lançado no início do ano, visa servir de base à extinção de "algumas dezenas de fundações", segundo o Governo, que remeteu para mais tarde o número certo ou os nomes das fundações visadas. "








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