quinta-feira, 12 de agosto de 2010

INOCÊNCIAS

Narciso Miranda, que ontem e hoje esteve ocupado em tudo que é canal de televisão a tentar explicar a sua inocência política, mete dó.
Foi, durante anos, dirigente do PS e presidente da Câmara de Matosinhos (lugar que deixou agasalhado quando quis fazer uma incursão pelo governo, onde não aqueceu o lugar - não vá o sapateiro além da chinela, já dizia o outro), parece não conhecer os estatutos do partido, ele que os usou (e bem), quando lhe deu jeito.
Vir agora falar em purga, processos kafkianos, capciosos, insidiosos e estalinistas, releva do mais elementar falta de senso.
Não curo de saber das razões que levaram o partido a não o cadidatar a Matosinhos (independentemente de os trâmites internos terem ou não sido cumpridos - porque não os impugnou na altura?). O partido indigitou outro candidato, seu militante e com provas que o partido entedeu como adequadas à função. Narciso candidatou-se contra o candidato oficial: estava à espera de quê?
Agora quer fazer-se passar por inocente degolado? Haja pudor.

1 comentário:

4pereiro disse...

Narciso Miranda foi um bom autarca. Contudo, provou bem que faz jus ao nome e, portanto, preocupou-se mais com ele do que com o partido e, pior ainda, com a autarquia. Julgava-se o senhor de matosinhos e poder sair e entrar na Câmara quando quisesse. Quis ser Secretário de Estado das Pescas,quando, parece, que nunca "pescou", nem à linha.
Não aceitou a democracia interna do partido; foi politicamente incorrecto ao não ter a hombridade de se disvincular do partido antes de se candidatar contra o mesmo. E, como diz o povo: "para vilão, vilão e meio", foi-lhe apontada, e bem, a porta da RUA.
Ah! mais duas notas:
1- quer-nos mostrar que sabe quem foi KafKa, que sabe de purgas e que sabe pouco de Estaline. Pois este tinha mandado "limpar-lhe o sebo".
2- sete advogados! É para meter medo, ou para mostrar poder?