segunda-feira, 10 de setembro de 2018

CONTRIBUTOS EXTERNOS


&   BUSSACO ou BUÇACO   &
                                                                
  Gil Monteiro*                           
    Paranhos, 29/8/18

      
  Nas idas paras as Termas de Luso, passando uns dias de descanso (?) e de temperamento de forças, dirijo os olhos aos letreiros das vias de acesso, lendo, mesmo das ruas e praças dos locais. E o que vejo? A linda terra do Bussaco grafada com dois ss ou com ç. A série de nomes é pródiga. É zona turística de excelência, desde as prendadas riquezas naturais até aos históricos, geológicos e biológicos.
        A biblioteca do hotel de Luso e prospetos de acontecimentos e festas, nas salas, átrios e quartos a informação abunda, e é de forma diversa anunciada nos títulos!
        O nome da famosa Mata ou é de o Bussaco, mais vezes escrita, ou Buçaco, também referindo as abundantes e “miraculosas” águas de Luso.
        Os arruamentos da excelente estância balnear e seus limites, cheios de veraneantes que vão beber e recolher garrafas e garrafões plásticos, nas fontes de S. João.
        Fazer caminhadas está na moda. Procurar, desde a flora e fauna da Mata Museu, interpretar a bacia estratigráfica e fósseis, e lousas do Buçaco são livros abertos para libertarem as “teias de aranha”! Estudar geologia é o mesmo que interpretar uma determinada Banda Desenhada, em que os cortes dos terrenos ao natural ou em base científica por amostras de rochas de impressões, em que os fósseis são os heróis da vida terrena e extraterrestre de documentos cinematográficos das eras passadas! Veja-se os casos das trilobites e a evolução das espécies; os sismos atuais são réplicas dos fenómenos passados, estudados e a estudar.
        Para mim, como dizia o pastor ao cão: “ Vai buscar o saco”! Assim voltamos às Termas. Tantos séculos de influência árabe e permanência até a D. Afonso Henriques não admiram os nomes ser de origem do Norte de África. Os castelos e as construções agrícolas seguiram e ainda seguem os mesmos caminhos.
        Se os famosos e formosos cedros da Bussaco sustentam as raízes das águas cristalinas e puras, o Luso muito fica a dever. E os doentes e os veraneantes muito mais. “O Ceprus lusitânica Miller” (nome científico) foi introduzido, vindo dos Açores e estes não do Líbano é de porte forte e alto de grande diâmetro e de resinas amareladas;
        Os fetos arbóreos, únicos em Portugal e poucos no Mundo! É preciso ter consciência que graças aos descobrimentos e rotas marítimas, bons cientistas, formaram-se, e continuam a formarem-se grandes matas do Estado Veja-se a Mata do


Bussaco, Tapada da Ajuda, jardins botânicos, novo Parque da cidade do Porto, entre a relíquia da Quinta do Covelo, mais...
        Os fetos arbóreos, algas e líquenes, em convivência com os insetos, morcegos, salamandras de cauda levantada e lontras fugidias estão quase em vias de extinção!
        As lontras não “perderam” as membranas interdigitais, próprias para nadar nos riachos, lagos e, mesmo no meio da relva húmida, como tive a sorte de ver!
        Ver e ler as histórias do hotel do Buçaco ou de Luso, tirando fotos e colheitas de produtos perdíveis, podemos, com os monumentos da batalha do Bussaco, podemos dizer:
         --- Não somos pobres!
        D. Carlos foi um mestre ornitólogo e um sábio, como pode ser observado na decoração de um hotel de cinco estrelas, que acrescentaria mais duas pela arquitetura e visão histórica atual. E o tempo das caçadas?
        Ir à buvete e recuperar saúde, é entrar nos espetáculos da música moderna e popular!





Paranhos (Porto), 29 de agosto de 2018

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