terça-feira, 6 de janeiro de 2015

DA SAÚDE

Por falta de planeamento, de organização, de médicos, de enfermeiros e de demais pessoal, os doentes, após horas e horas de espera nas urgências dos hospitais, morrem nas macas espalhadas pelos corredores, sem que ninguém, salvo um familiar que os acompanhe, se aperceba, macas essas que são, em bom número, das ambulâncias que ali os conduziram e que, também elas, ficam paradas horas e horas sem possibilidade de prestarem serviço a quem dele carecer.
O SNS vai bem e recomenda-se, como se apercebe. Ouvi, num canal televisivo, que o ministro da pasta, Paulo Macedo, vai fazer, sobre o assunto, uma comunicação ao país na próxima quinta-feira. Que explicações irá dar o ministro? Que o tempo, para a época, esta um bocado para o frio e que a chuva tarda em chegar? Que as pessoas duram demasiado (como em tempos afirmou o venerável hoje chefe de Estado)? Que têm vícios perniciosos à saúde e que é necessário mudar de rumo? A capa da troika já não colhe. O ministro Macedo tem que assumir as suas responsabilidades, não bastando vir pedir desculpas aos doentes e familiares dos falecidos ou dizer que a partir de agora as coisas vão melhorar. 

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