terça-feira, 12 de abril de 2011

BOLAS À TRAVE

O fenómeno desportivo, mormente o futebolístico, diz-me relativamente pouco, sem embargo de ter simpatia (não doentia) clubística e de gostar de ver alguns jogos. Se foram ou não bons jogos, só no final, como diria o outro. E quantas vezes dei por mal empregue o tempo dispendido. O que se vem passando com o FCPorto e o Benfica ultrapassa tudo o que é razoável. Sem que procure, sou assediado pelas capas dos jornais (e não só os desportivos), pelas ondas das rádios e pelas imagens das televisões com uma guerra absurda e pornográfica entre os dirigentes e porta-vozes daqueles clubes. Ao que parece, o (algum) país gosta; de outro modo, não haveria tantos gastos em tinta e papel ou tempo de antena para os "artistas" da coisa. Não haverá bom senso para terminar com esta bandalheira, de falta de gosto e de decência? Por que não reconhecer o mérito, embora pontual, do adversário? Porquê e para quê o espectáculo dos apedrejamentos aos carros ou autocarros, as bolas de golfe, as sovas, os apagões, os discursos/apelos à violência contra "o outro"? Não se podem extreminar os "artistas", deixando brilhar, em campo, os verdadeiros artistas do pontapé na bola?

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