Hoje é Dia de Portugal e de (Luís Vaz de) Camões, poeta maior das letras portuguesas
Um dos seus mais conhecidos sonetos é:
Alma Minha
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
2 comentários:
Emocionou-me muito esta sua dupla Homenagem, José.
O poema escolhido, revela um Amor eterno.
Beijinhos
Obrigado, Janita.
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