segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dizer mal porque, sendo da oposição, não deve dizer bem

Para se mostrar, Pedro Passos Coelho líder do PSD foi hoje, inícico do novo ano lectivo, visitar uma Escola Secundária em Almada. Como se constactou pelos comentários de muita gente ouvida pela comunicação social, poderá dizer-se que as escolas reabriram com normalidade. Foram poucos ou muito poucos, atendendo ao número de escolas, os casos em que não se registou a normalidade desejada. Pedro Passos Coelho, perante esta evidência e não querendo dar mais um tiro no pé e ouvir outro raspanetede Marcelo Rebelo de Sousa, abordado para comentar este regresso às aulas, saudou que o ano lectivo se tenha iniciado com normalidade. Mas, pensando que lhe ficava mal o elogio, logo acrescentou que alguma coisa foi feita em cima do joelho. E deu alguns exemplos de situações que não sendo verdadeiras, são ridículas: Escolas que não sabiam que iam encerrar, professores que ficaram sem saber onde seriam colocados e pais que também não sabiam para que escola iam os filhos. Ah! Mas que isso não era dominante, o importante era que a abertura do novo ano estava a decorrer com normalidade. Então se as anomalias não são importanres, porquê falar nelas; para contentar os seus adeptos? E mais, não gostando provavelmente do elogio feito pela OCDE à evolução muito positiva do ensino em Portugal nos últimos anos, logo tratou de dizer um disparate: " É preciso olhar menos para as estatísticas, que às vezes são mentirosas e olhar mais para o conteúdo". Eu pergunto: conteúdo de quê? E outra pergunta Dr. Passos Coelho: O que fizeram os governos do PSD pela Educação? Provavelmente nada.

3 comentários:

500 disse...

Só o que passa na comunucação social é que importa. Assim sendo, a CS não deu relevo a distúrbios, manifestações de massas (professores, criancinhas, pais das ditas, sindicalistas, etc.). Concluo que a abertura das aulas foi pacífica, apesar das super-escolas, dos transportes e outras "ninharias" habituais.
Passos Coleho quer desviar as atenções para o falhado projecto de revisão constitucional.

4pereiro disse...

Excelente comentário. Os homens da Comunicação social devem estar com uma "cachola"!

António Conceição disse...

Concordo com quase tudo o que escreve, 4-Pereiró. Menos com uma coisa, a sua pergunta: "Eu pergunto: conteúdo de quê?"
Porque essa é a pergunta chave que tem uma resposta chave e óbvia: com o conteúdo dos conhecimentos que possuem os que saem da escola nos vários níveis de ensino. Em todos eles, tende para zero.
Se a um analfabeto atribuirmos o título de licenciado, as estatísticas das habilitações no país melhoram e a OCDE registará o facto. Mas as estatísticas das qualificações não se alteram com om título. O analfabeto continuará analfabeto. Mesmo quando lhe chamem doutor.