Em 17 de Janeiro de 1995, morre Miguel Torga, médico e poeta
DEPOIMENTO
Deponho
no processo do meu crime.
Sou testemunha
E réu
E vítima
E juiz
Juro
Que havia um muro,
E na face do muro uma palavra a giz.
MERDA! – lembro-me bem.
– Crianças......
– disse alguém que ia a passar.
Mas voltei novamente a soletar
O vocábulo indecente,
E de repente
Como quem adivinha,
Numa tristeza já de penitente
Vi que a letra era minha.....
Poema bem ao jeito de Torga!!
ResponderEliminarGostei! Quem diz a verdade...🤩
Beijinhos
um poeta grande, rude , mas honesto...
ResponderEliminarTorga, o grande poeta, áspero - como o apelido que usou - mas sincero e sensível.
ResponderEliminarbjis
Maceta,
ResponderEliminarRude e áspero no tratamento, diz-me quem o conheceu e contudo tem poemas que parecem contradizer tal opinião.